A etapa de Goiânia (GO) foi frustrante para o atual campeão da SuperSport, Matheus de Oliveira Dias (#70), da equipe Motom/Vitória Hospitalar. Ainda assim, o saldo foi bastante positivo considerando o grave incidente que o piloto se envolveu, saindo praticamente ileso. Matheus partiu para a 8ª rodada do SuperBike Brasil com a ambição de alcançar bons resultados no Autódromo Internacional Ayrton Senna e brigar pelas primeiras posições em uma de suas pistas favoritas. Porém, já na disputa dos treinos livres, o piloto sofreu uma queda e bateu forte contra as barreiras de contenção.
“Eu vinha em 4ª [marcha] cortando e tentei agredir mais a freada para entrar no ‘S’. Como freei mais pra frente, assim que acionei o freio estava sobre uma ondulação e perdi a frente da moto na mesma hora. Foi muito rápido. Com a relação que estávamos usando em Goiânia, eu devia estar a uns 210 km/h facilmente”, comenta o piloto.
Sem área de escape no local, Matheus saiu da pista e avançou diretamente sobre as barreiras de ar utilizadas como proteção nos trechos mais perigosos. O que poderia ter sido um acidente com consequências graves resultou em apenas algumas lesões leves.
“Foi um ‘tombasso’. Estou meio dolorido ainda, mas nada demais. Deslizei bastante e bati forte na barreira de ar, que, aliás, me salvou. Se batesse com a mesma força no guard rail que tem ali, essa história seria diferente”, ressalta.
E justamente para diminuir o impacto das quedas e preservar a vida dos pilotos nos trechos mais perigosos, o SuperBike Brasil utiliza o que há de mais moderno no mercado e, inclusive, reconhecido pela Federação Internacional de Motociclismo (FIM). As barreiras de ar da marca austríaca Alpina – as mesmas que protegeram Matheus – tem dois metros de altura por 2,5 metros de profundidade cada uma, dimensão que assegura redução drástica do impacto das colisões e pode fazer a diferença na hora de garantir a segurança dos pilotos.
“Ficamos bastante contentes por saber que Matheus está bem e que a queda não teve resultados mais graves. Isso prova a eficiência e a qualidade das barreiras de ar utilizadas pelo SuperBike Brasil, que contribuem para oferecer maior segurança”, destaca o diretor de prova, Mario Tamburro.
E a meta é expandir a utilização dos recursos de segurança, assegura Karina Abreu, membro do comitê organizador do campeonato: “Vamos continuar utilizando as barreiras, inclusive temos previsões de aumentar os investimentos para a próxima temporada”.
De volta ao episódio de Matheus Oliveira em Goiânia, o piloto conseguiu voltar à pista nos treinos classificatórios – realizados no dia seguinte à queda – e garantiu a sexta marca no grid de largada. Porém, o final de semana não era mesmo de Matheus. Logo na segunda curva da volta inicial da corrida, o motor de sua moto quebrou e ele deu adeus à etapa.