O piloto José Duarte, #97, da Alex Barros Racing, chegou à SuperSport 600cc mostrando toda a sua habilidade. Depois de correr com motos de 250cc e 500cc, ele enfrenta novos desafios com uma moto mais potente. O jovem de 19 anos, que nunca pretendeu competir, hoje tem bom desempenho e é uma das promessas da categoria.
Na 1ª etapa do ano, ele se saiu bem e garantiu o 5º lugar no pódio. A conquista, no entanto, não foi fácil. Duarte largou mal e ficou para trás do primeiro pelotão. Aos poucos, ele conseguiu ganhar algumas posições, mas foi alcançado por outros adversários. O piloto acelerou bastante e conseguiu abrir vantagem suficiente para ser o quinto piloto da categoria a receber a bandeirada.
“Esse começo foi mais uma adaptação porque a moto 600cc tem muita mudança e acertos que 500cc não tinha, não é só a potência que mudou mas outras coisas também. Gostei da corrida e consegui ficar ali entre os dez primeiros. Os treinos também foram bons porque fui melhorando a cada dia”, afirmou Duarte.
Ainda de acordo com ele, o foco nas quatro primeiras etapas será mais para sentir o ritmo e para se habituar com a moto. “Elas tem limites diferentes. Na outra já estava acostumado e sabia o quanto podia acelerar ou entrar em uma curva sem cair. Quando entender os limites e o quanto posso abusar dessa nova moto, aí vou começar a brigar mais pelas melhores posições.”
Duarte chega à categoria sabendo que os competidores são experientes e rápidos. Para o piloto, os principais adversários durante o ano são nomes como Pedro Sampaio, #28, Tecfil Racing Team, Sebastian Salom, #77, Motonil Motors, Gerson Campos, #82, Motom que logo na primeira etapa também garantiram pódio.
O treinamento físico também está mais intenso para melhorar o desempenho dentro de pista, visto que agora a moto é mais pesada e exige uma preparação ainda maior. É a melhor forma que Duarte encontrou para se preparar a temporada, visto que na região do Nordeste, onde mora, não tem autódromo.
O piloto entrou no mundo da motovelocidade em 2014. Até então, só andava de moto por diversão e se tornou piloto por acaso. “Nunca tive a pretensão de ser piloto. Quando tinha 15 anos, meu pai me deu uma moto esportiva boa que eu usava mais como brincadeira mesmo. Uma vez o Alex Barros veio fazer um curso aqui e recebi o convite para participar. Ele gostou da minha performance e me chamou para competir”, contou Duarte.
O talento abriu portas para que ele entrasse para a equipe Alex Barros Racing e conquistasse bons resultados, como o de vice-campeão da Copa Honda CBR 500R no ano passado. O que começou por acaso, agora virou sonho e uma carreira que Duarte pretende levar adiante. “Meu projeto é fazer mais um ou dois anos aqui no Brasil para evoluir e, dependendo de como me sair, quero tentar competir na Europa também.”
Ainda de acordo com ele, ter o maior nome da motovelocidade, Alex Barros, na equipe é uma honra e uma grande lição. “Procuro sempre pedir orientação quando estou com alguma dificuldade e ele eh sempre muito atencioso. É um orgulho para mim aprender com alguém que tem tanta experiência como ele.”