Algo raríssimo aconteceu com o piloto José Luiz Cachorrão no mês de agosto. Disputando o SuperBike Brasil desde a primeira temporada, em 2009, o #51 da Honda Racing acabou se machucando nos treinos da 5ª Etapa, em Londrina-PR, e precisou voltar para casa antes da prova realizada no domingo (27/08). Foi a primeira vez que ele deixou de participar de uma Etapa da competição. Depois de superar o problema na clavícula, Cachorrão espera acelerar novamente, desta vez nas pistas de Curitiba-PR.
“Fiquei chateado, pois nunca tinha deixado de participar. Precisei colocar uma placa na região do ombro durante a cirurgia que precisei fazer após o incidente em Londrina. Foi um processo bem sucedido, não tive nenhuma complicação. A segurança do evento me auxiliou muito. Ainda não estou 100% e corro o risco de cair de novo, mas quero fazer de tudo para participar da prova em Curitiba”, disse Cachorrão em entrevista ao SuperBike Brasil. Após a realização do primeiro treino nesta quinta-feira, ele garantiu que não sentiu dores.
Vice-campeão brasileiro do SuperBike em 4 oportunidades (2011, 2012, 2013 e 2015), o #51 também exaltou a disputa das rodadas duplas, que começam na 6ª Etapa e serão realizadas até o final da temporada. “Acho muito interessante. Coloca mais pontos em jogo e dá oportunidade para que as equipes possam mostrar profissionalismo e qualidade. Quem investe mais na estrutura e trabalha com mais intensidade, ganha a oportunidade de ver os pilotos subindo mais na tabela. É um divisor de águas na competição”.
Um dos mais experientes do grid com 46 anos, Cachorrão é sincero ao afirmar que não se considera favorito ao título na temporada 2017. “Outros pilotos são mais indicados. Temos garotos de 20 e poucos anos no grid e isso faz toda a diferença. O Eric Granado, para mim, é o principal candidato. O Alex Barros, por toda a experiência de Moto GP, também nunca pode ser descartado. Diego Faustino, Diego Pierluigi e Wesley Gutierrez também estão andando muito bem e vão conseguir resultados cada vez melhores”, analisou.
“Dá muito trabalho andar no pelotão de frente com esse pessoal. É árduo e requer muito sacrifício. Por isso, coloquei como objetivo terminar entre os 5 primeiros. Ficaria muito feliz alcançando este resultado”, completou o bicampeão das 500 milhas do Brasil de SuperBike (2010 e 2011).
O piloto da Honda Racing Team também destacou o crescimento no nível técnico do SuperBike em 2017. “Nunca tivemos um grid tão profissional, que está batendo recordes de competitividade. Isso está atraindo o público. Quem vê a corrida e percebe tanta disputa entre os primeiros colocados, não deixa de acompanhar a sequência do campeonato. É muito bonito de ver, principalmente com essa apoio de patrocinadores e forte divulgação”.
O SuperBike Brasil está de volta no próximo domingo, dia 24 de setembro, no Autódromo Internacional de Curitiba-PR. As provas começam às 9h e vão sendo realizadas durante todo o dia, com direito a duas corridas da categoria principal. Também haverão outras atrações, como o Show de Manobras e a Volta aberta ao público. Você confere mais informações em nossa programação.