Sabrina Paiuta, 13 anos de uma carreira e tanto
O tempo ficou para trás, a menina que não queria usar boné cresceu e amadureceu, completando em junho longos 13 anos de carreira no motociclismo esportivo. Sabrina Paiuta relembra bons momentos do passado.
Uma das mulheres que fazem parte do SuperBike Brasil, com apenas 20 anos e uma trajetória de dar inveja a muito marmanjo por aí, a piloto paulistana atualmente disputa contra homens as provas da classe SuperSport, mas sua praia nem sempre foi o asfalto.
Como acontece com a grande maioria das crianças no país, o primeiro contato de Sabrina com as duas rodas se deu no Motocross, modalidade que praticou entre 2002 e 2010. Recentemente em sua rede social a piloto relembrou a primeira experiência vivida na pista, “é um dia de muita alegria pra mim, essa data que valorizo até mais que meu aniversário, 22 de junho é o dia que pela primeira vez tive a oportunidade de subir em uma moto, isso aos sete anos. Na foto estou no pódio, na quinta posição e já comecei assim, reclamando: Pai, eu não quero usar boné!”.
Mas antes de migrar para o asfalto de vez, Paiuta optou por uma transição aos poucos, através do Supermotard, categoria mista que utiliza motocicletas de Motocross com rodas e pneus esportivos, próprios para circuitos com trechos de asfalto e terra, com saltos e curvas que desafiam as habilidades dos pilotos.
Sabrina conta que no Motocross, com o passar dos anos algumas marcas e cirurgias vieram, devido aos tombos e acidentes, e que por esse motivo já havia cogitado a mudança de piso, ou como ela mesma diz, “tinha em mente mudar de modalidade e seguir uma carreira ‘mais tranquila’, só não sabia por qual lado iria”. Foi quando surgiu a oportunidade de conhecer o Supermoto.
Passados três anos de coração dividido entre a poeira e os saltos do ronco encorpado e das altas velocidades, a piloto finalmente foi convidada a participar de uma etapa na motovelocidade, com o aval do então patrocinador Paulo Santos. E o que era pra ser apenas uma etapa de teste se tornou um lugar no pódio, a terceira colocação na categoria Copa Kawasaki Ninja 250, dentro do campeonato SuperBike Brasil.
O resultado trouxe visibilidade, tornando-a cada vez mais conhecida também no mundo da velocidade, fator decisivo na escolha dela para fazer do asfalto seu objetivo. Este ‘namoro’ com a motovelocidade perdura desde 2012. De lá para cá, alguns títulos foram incluídos em sua galeria e outras conquistas pessoais, como o convite para participar da classe máxima da competição, a SuperBike, onde conquistou também lugar no pódio. “Estar entre os melhores do Brasil, e principalmente entre os cinco primeiros do evento, é uma conquista que não passava pela minha cabeça, alcançar tal nível com apenas um ano de experiência na categoria foi emocionante!”, conta.
Mas as mudanças e vitórias não mexeram com sua cabeça. Sabrina explica que não teve dificuldades para se adaptar a motovelocidade, “parecia que aquilo era feito pra mim”, brinca a piloto, que completa, “claro que precisei evoluir muito até chegar onde estou, ainda tenho muito a aprender, mas é apenas questão de tempo e dedicação para aprimorar a técnica e ganhar experiência”.
Ao falar da importância de seus títulos, ela destaca a vez em que foi campeã brasileira da Copa Kawasaki Ninja 250 e explica que foi a partir daí que começaram a surgir os grandes patrocínios, o suficiente para ver o esporte como profissão. A piloto afirma ter feito a escolha certa ao mudar de rumo na carreira e cita que ainda tem amigos que começaram com ela no Motocross e seguem até hoje na modalidade.
O SuperBike Brasil tem patrocínio Silver: Honda, Pirelli, Mobil e Yamaha. Bronze Premium: Kawasaki, Ducati e MotoSchool. Bronze: Shark, Diafrag, Alpinestars e Tutto Moto.
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