A paixão pelas pistas pode surgir em lugares diversos e qualquer circunstância. Um exemplo disso é Fabrício de Freitas (#131), que se envolveu com o mundo da motovelocidade durante um período de trabalho nos Estados Unidos. Sem medir distâncias e superando fronteiras, o piloto da Motonil Motors percorreu um longo caminho até chegar ao SuperBike Brasil.
Tudo começou em 2006, quando Fabrício deixou o Brasil rumo aos EUA. Em solo americano, o piloto, natural de Itapagipe (MG), comprou a sua primeira moto. O incentivo para a arrancada inicial foi justamente o trabalho, já que ele trabalhava em uma empresa que exportava peças de motocicletas. Dois anos depois, ele iniciou o desafio nas pistas.
“Me vi envolvido nesse mundo da motovelocidade devido ao trabalho que eu desenvolvia nos Estados Unidos. Em 2008, eu fiz a minha primeira prova num autódromo de motovelocidade, no Brasil. Depois disso, fiz alguns track days, tanto aqui quanto lá fora”, disse o piloto, que no período que morou nos EUA teve a oportunidade de correr no tradicional circuito de Daytona e disputar algumas etapas da Championship Cup Series (CCS).
A rotina nas pistas, porém, tinha seu preço. Após algumas fraturas ao longo da trajetória na motovelocidade, Fabrício deu uma pausa nas competições em 2013. O retorno aconteceria somente nos anos seguintes, ainda nos Estados Unidos. O convite para ingressar no SBK veio em 2016 e fez com que o piloto superasse até a distância entre Miami e Brasil até retornar definitivamente ao país no ano seguinte.
“Em 2015, voltei a competir nos EUA e no ano seguinte recebi o convite da Equipe Motonil Motors para disputar algumas corridas. Ficava nesse trecho Miami-Brasil. Em 2017, ingressei de vez no SuperBike. Tive algumas quedas e problemas com a moto, então não consegui completar todas as etapas. Neste ano, eu voltei focado no campeonato e venho competindo em todas as corridas, sempre pontuando”, contou.
Na atual temporada, Fabrício de Freitas subiu ao pódio em seis das oito corridas da SuperBike Evolution 1000cc. Ele espera fechar o ano no top 5 da categoria.
“Desde o ano passado, todos progrediram muito. Temos dado o nosso melhor, tanto no quesito de desenvolver a moto quanto na minha pilotagem”, avaliou Fabrício, que fala da motovelocidade como um de seus grandes prazeres.
“Para mim, esse é um dos ambientes que eu gosto muito de estar. Não só pelo público, mas também pelas pessoas que se encontram. Somos amigos dentro e fora das pistas. Todo mundo tem a competitividade, mas é uma energia diferente de tudo. Não é só porque eu trabalho com isso, me faz bem. É um vício que só quem compete e está nesse meio pode explicar”, finalizou.