O resultado de uma corrida após os pilotos cruzarem a linha de chegada nem sempre é definitivo. As motos dos competidores do SuperBike Brasil, assim como nos principais campeonatos do mundo, são submetidas a uma inspeção técnica pós-corrida. Para que o resultado de pista seja confirmado, é necessário que tudo esteja dentro do regulamento, incluindo a pressão mínima dos pneus.
No intuito de preservar os pilotos, e também os fabricantes de pneus, todos os campeonatos profissionais de motovelocidade mundo afora publicam e exigem pressões mínimas. O seu descumprimento é motivo de desclassificação.
“O SuperBike Brasil funciona como um espelho do Mundial, e tem como direcionamento as mesmas bases e premissas, não apenas se tratando de pneus, mas de muitas questões técnicas e esportivas. Por aqui, a pressão mínima de pneus também é praticada e consta em regulamento”, comenta Bruno Corano, organizador do SBK Brasil.
No último dia 21 de outubro, um episódio não muito comum ocorreu após o término da prova da Moto2 no Mundial de Motovelocidade, realizada no Japão. O francês Fabio Quartararo, que corre há três anos no Mundial, venceu de forma indiscutível a corrida.
Apesar de conseguir a sua segunda vitória na Moto2, por apenas quatro décimos sobre o líder do campeonato, o italiano Francesco Bagnaia, Quartararo, piloto da Speed Up de apenas 19 anos, não passou na revisão dos comissários, que detectaram pressão muito mais baixa no pneu traseiro após a disputa, e acabou excluído da classificação final.
“Tal exigência ainda é tema de contrariedade e questionamento de algumas equipes. O episódio da Moto2 apenas ilustra e confirma que estamos no caminho certo”, acrescenta Bruno Corano, referindo-se à prova no Japão em que Bagnaia herdou o primeiro lugar.
Desclassificações por esta razão no Mundial são raras e incomuns. O motivo de existirem regras de pressão mínima dos pneus é para preservar o seu correto uso.
No anseio de mais grip e voltas mais rápidas, pilotos e equipes podem incorrer no erro de baixar excessivamente a pressão dos pneus, o que habitualmente provoca problemas e coloca em risco os pilotos.
Vale ressaltar que os pneus são construídos para uma determinada carga, velocidade, temperatura e atrito, e tudo isso tem como base um range de pressão mínima e máxima. Quando uma pressão abaixo da mínima é utilizada, a borracha e a carcaça do pneu podem apresentar problemas, soltar pedaços, ou até mesmo explodir, já que não são projetadas para isso.
Pilotos e equipes do SuperBike Brasil retornam no dia 11 de novembro, em Londrina (PR), para a 7ª etapa da temporada. Garanta seu ingresso e acompanhe mais uma disputa do maior campeonato de motovelocidade das Américas.