‘Só nos segundos finais vi que tinha chances de vencer’, conta Fernando Santos
A mudança de categoria neste ano parece ter feito bem a Fernando Santos (#234), piloto da equipe Tecfil Racing Team. Na temporada passada, ele foi praticamente imbatível na Copa Kawasaki Ninja 300 Light. Nas 13 corridas disputas, Fernando somou 11 poles, 10 vitórias e encerrou o campeonato com uma vantagem impressionante de 75 pontos para o segundo colocado. Assim, não restaram dúvidas ao piloto. Ele precisava galgar um importante degrau e correr na temporada 2016 pela disputadíssima categoria Ninja 300 Pro. E foi o que vez, já começando com o pé direito.
Porém, a sorte demorou um pouco para brilhar na direção de Fernando Santos. Os treinos da 1ª etapa do SuperBike Brasil, realizado no Autódromo de Interlagos, mantiveram a mesma paridade habitual da categoria, só que com o piloto da Tecfil um pouco atrás. Nas sessões livres, ele foi apenas o sexto mais rápido. Já no classificatório garantiu a quarta posição no grid de largada.
Mas este cenário acabou por se reverter ao longo do dia de provas, marcado pela turbulência e reviravoltas. A corrida entrou em bandeira vermelha logo em seu início e uma nova largada foi marcada para o final do dia. Foi então que o título de campeão falou mais alto e Fernando Santos conseguiu brilhar na pista. Em uma corrida extremamente disputada, com seis pilotos brigando pela liderança até a última curva, Fernando assumiu a ponta nos momentos finais e garantiu a primeira vitória do ano. Confira abaixo uma entrevista com o piloto:
A mudança da categoria – da Light para a 300 Pro – foi um caminho natural após vencer com folga a temporada 2015?
“Foi um caminho natural sim, pois já era meu segundo ano e, graças a Deus, consegui ser campeão com bastante folga”.
Qual a sua perspectiva e objetivos para esta temporada?
“Este ano sei que será bem difícil, pois a categoria Copa Kawasaki Ninja 300 Pro tem muitos pilotos bons. Mas estamos otimistas e vamos brigar pelo título sempre respeitando os adversários”.
Como foi a corrida e o seu desempenho na 1ª etapa do SuperBike Brasil.
“Nesta primeira etapa eu não estava conseguindo fazer bons treinos classificatórios. Mas graças a Deus, na corrida conseguimos manter um bom ritmo e só nos segundos finais vi que tinha chances de vencer a prova. A minha equipe foi fundamental nesta vitória por ter me dado uma moto competitiva e todo apoio”.
O reinício da prova influenciou de alguma forma?
“Influenciou sim. Foi um final de semana atípico, com muitas quedas nos treinos. E quando houve o acidente envolvendo várias motos – logo na largada – uma delas era meu companheiro de equipe, o Picanha, que é um garoto de apenas 14 anos. Cheguei pensar em não correr. Mas resolvi participar para tentar pontuar e, durante a corrida, me senti confiante pra acelerar”.