‘Ainda não sou favorito ao título, mas acredito no meu potencial’, diz Lewis
Este pode ser o ano que Danilo Lewis (#17), da equipe Tecfil Racing Team, tanto esperava. Campeão na categoria SuperSport em 2014, o piloto partiu para um novo e grandioso desafio na temporada passada. Voltou a correr pela SuperBike Pro e chegou muito perto de brigar pelo título da categoria. Com a primeira colocação na 6ª etapa em Goiânia, o piloto se aproximava dos líderes da equipe Honda Mobil e vislumbrava colocar a mão na taça. Porém, uma sequência fatídica de problemas mecânicos fez com que Lewis não pontuasse em duas corridas, dando assim adeus à disputa pela título.
Com uma moto nova – BMW S1000RR – neste ano, Lewis partiu para a disputa da primeira etapa do SuperBike Brasil, realizada no dia 10 de abril, no Autódromo de Interlagos, como se fosse uma decisão de temporada. Porém, já de início os contratempos voltaram a persegui-lo. O piloto não participou dos treinos livres de sexta-feira e teve que fazer os ajustes necessários em seu novo equipamento somente no sábado. Nas sessões classificatórias garantiu o sétimo lugar no grid de largada, posição ainda muito aquém do que alcançaria na corrida. No resumo da história, Lewis voou baixo durante a prova, ganhou diversas posições e nos momentos decisivos contou com uma dose extra de sorte para iniciar a temporada 2016 com o pé direito e vencer a primeira etapa do campeonato. Confira abaixo entrevista com o piloto:
Após o resultado da primeira etapa, você percebe uma alguma mudança na disputa das primeiras posições?
“Sim, muita. No ano passado e nas temporadas anteriores, o nível era um pouco inferior. Eram três ou quatro pilotos rápidos e todas as etapas ficava nisso. Era legal, mas esta temporada promete vários pegas frenéticos de no mínimo seis ou sete motos brigando pela vitória, como foi na primeira etapa. Para ter uma ideia, nas tomadas de tempo no sábado, tinham nove pilotos com a diferença de menos de um segundo”.
Este ano pode marcar o fim do domínio da equipe Honda Mobil? E como a participação de pilotos como Zerbo, Pretel e Gutierrez afetam a briga pelo título?
“Acredito que sim. Os três pilotos da Honda, assim como o Zerbo, Pretel, Gutierrez e eu estamos com um excelente nível. Tenho certeza que todos, principalmente eu, iremos dar o nosso máximo em busca do título”.
Você já se vê como um piloto favorito nesta temporada?
“Não. Acredito no meu potencial e de toda a minha equipe Tecfil Racing Team, principalmente agora com o equipamento novo, a nova BMW S10000rr, que por sinal é uma moto fantástica. Mas não me considero como o piloto favorito”.
Como avalia a volta do Autódromo de Interlagos como principal palco para a temporada 2016? Acha que você leva alguma vantagem com isso?
“O Autódromo de Interlagos é praticamente do lado de casa. Na real, me sinto no meu quintal. É muito bom poder treinar e ir dormir em casa”.
Com relação a 1ª etapa, enfrentou algum contratempo?
“Infelizmente vários. Num deles perdi até os treinos livres da sexta-feira. Pra falar a real, pensei até que não iria correr a primeira etapa, mas prefiro não comentar”.
Na corrida, você largou em apenas sétimo e partiu pra cima dos adversários. Teve algum momento específico em que percebeu que venceria a prova?
“Tive um ritmo bom de treino e, graças a Deus, ainda melhor na corrida, apesar de largar em 7° lugar. Não larguei muito bem, mas fiz umas ultrapassagens logo na primeira curva e consegui imprimir um bom ritmo de prova. Na hora que estávamos juntos (na disputa pela liderança com Pretel, Gutierrez, Zerbo e Faustino) sabia que poderia vencer, e que só dependeria de mim”.
Uma questão de curiosidade. Na temporada 2015, você venceu a etapa de Goiânia, e agora a 1ª etapa, as duas com interrupções e relargadas. Isso foi uma mera casualidade ou você conseguiu tirar algum tipo de proveito no processo de relargada?
“Realmente na etapa de Goiânia a relargada me prevaleceu, por eu ter largado na 15° colocação. Mas nesta 1ª etapa não. Larguei em 7°, estava em 4° e bem próximo dos líderes. Foi apenas pura coincidência”.
Por fim, qual sua expectativa para a temporada 2016? Chegou a vez do título inédito na categoria?
“A expectativa está muito grande. Eu, junto com toda a minha equipe Tecfil Racing Team, vamos dar o nosso máximo para que, se Deus quiser, conseguirmos o tão sonhado título da SuperBike Pro, a principal categoria do campeonato”.