Declaradamente um piloto que não gosta de perder, Lucas se divide entre pilotagem e seus projetos
Existem pessoas que parecem nascer destinadas para determinadas coisas. Se existe essa possibilidade, com certeza Lucas Torres nasceu para a motovelocidade. Mesmo com a pouca idade, o jovem de 22 anos já viveu experiencias marcantes. Hoje, Lucas ainda tem muito a oferecer para o esporte, seja dentro ou fora da pista.
Natural de São Paulo, Torres começou sua trajetória no SuperBike Brasil em 2012, em uma seletiva da Honda Jr. Cup, quando tinha apenas 12 anos. Depois disso, não demorou muito para se destacar. Venceu sua primeira corrida logo em sua estreia, mesmo sendo sua primeira experiência com moto.
“Nunca tinha tido contato com moto. Aprendi e desenvolvi ali na Jr. Cup mesmo. Todo o aprendizado foi feito através do Gian Calabrese, que era o instrutor na época. Depois dessa preparação ganhei na primeira corrida, que aconteceu em Interlagos”, relembra.
Para chegar a sua primeira (de muitas) vitórias, o piloto número 177 afirma que sua dedicação e competitividade foram essenciais. Características que o acompanham até hoje. “Nunca gostei de perder. Até por isso sempre fui muito dedicado. Então, o que o instrutor mandava fazer, eu fazia. A primeira corrida foi uma adrenalina sensacional, principalmente na hora da coletiva, que era tudo novo para mim, os microfones e câmeras”, ressalta.
Além de vencer logo em seu debute na motovelocidade, o jovem também foi campeão da Honda Jr. Cup em seu ano de estreia, com o título brasileiro e paulista. E esse era só o início do caminho a ser trilhado. Um ano depois do seu início na motovelocidade, recebeu um convite de ninguém menos que Alex Barros para integrar sua equipe, competindo pela categoria de 250cc.
Assim, o garoto que tinha apenas 14 anos surpreendeu mais uma vez. Mais uma vez em seu primeiro ano impressionou com sua performance, terminando na segunda colocação, apenas dois pontos atrás do campeão daquela temporada. Em 2015, Torres encarou um desafio internacional, ao competir na Espanha, pelo Estrella Galicia Pre-moto 3.
“Foi uma experiência muito boa, que agregou muito para mim. Era apenas meu terceiro ano na motovelocidade e eu já fui direto para a Espanha. Nunca tinha tido contato ou treino com protótipo e já tive a oportunidade de competir nesse campeonato, sem custos e com patrocínios”, explica.
Ao voltar do Velho Continente, em 2016, Lucas realizou mais um feito para sua enorme lista de conquistas. Ao competir pela SuperSport 600cc, novamente pelo maior campeonato de motovelocidade das Américas, o paulista ganhou o prêmio de revelação do ano, como o piloto mais jovem a disputar pela categoria, competindo com grandes nomes, como Eric Granado.
Talento dentro e fora das pistas
Hoje, além de piloto, Lucas Torres é chefe da equipe PKM que compete pelo SuperBike Brasil, coordena também uma escola de pilotagem, a PKM Racing, e da loja de venda de pneus e acessórios, a PKM pneus. No entanto, o piloto que não sabe como perder e é agressivo nas pistas, espera um dia poder se dedicar totalmente às corridas.
“Foco bastante no trabalho, que é assim que consigo me sustentar nas corridas. E tenho também os patrocínios que me ajudam bastante também, como a Red Fox Motors, a FGT Despachantes, a GSM, e a própria PKM, que me ajuda com pneus para as etapas. Em etapas foras vou sempre com o Pitiko, que é meu braço direito e sempre me apoiou. Espero um dia poder me dedicar cem por cento nos campeonatos”, conclui.