Imagine estar marcado para sempre na história de algo grandioso. Conhecer cada etapa do processo de construção e, melhor, vivenciar cada etapa deste processo. Agora imagine fazer parte da história do maior campeonato de motovelocidade das Américas. A maioria só consegue imaginar, mas não Edson Errera. Natural de Americana, interior de São Paulo, Errera, como é popurlamente conhecido, está presente no SuperBike Brasil desde sua criação.
“Conheci o SuperBike Brasil em 2009, na época que o Bruno, que é o idealizador, proporcionou uma corrida de teste e eu participei. Ele fez uma apresentação eu gostei bastante e decidi participar. Lembro que minha moto era número 112. Foi chamado de SuperBike Series”, lembra.
Mecânico de motocicleta desde 1986, o piloto que ostenta vigorosos 57 anos é uma das figuras mais conhecidas do SBK. Não apenas pelo seu tempo de casa, mas por todo seu conhecimento quando o assunto é duas rodas. Com vasta experiência em mecânica, Edson relembra a primeira temporada em que conseguiu participar. “Em 2010 de fato iniciou o campeonato, mas eu estava sem recursos financeiros e fiquei fazendo apenas Track Day, pela MotoSchool. Mas em 2011 eu já fiz a temporada pelo SuperBike, porque eu já estava com recursos financeiros e, inclusive, ela já estava muito bem-preparada e organizada. Tinha a categoria que me interessava, para pilotos com 45 anos de idade, que chamava categoria Master”, explica.
Apesar de tanto tempo no universo da motovelocidade, o experiente piloto passou algum tempo sem chegar na primeira colocação. Porém, há um bom motivo para isso. Acidentes e lesões atrapalharam seu desempenho ao longo das temporadas, mas a prova de que Errera é um piloto está em seus resultados. Mesmo com todos os percalços, ele ainda assim soma quatro vice colocações em brasileiro.
“Essa é minha décima segunda temporada, vou fazer 12 anos de competição. E vinha já há muito tempo sempre batendo na trave, terminando em segundo ou terceiro. Teve uma corrida que eu quase ganhei em Brasília uma vez. Acontece que quando comecei, os pilotos que corriam naquela época já eram pilotos com experiência e eu não tinha muita condição técnica de poder vencer e não vencia. Tem outra coisa também, depois de todos esses anos, em 2013 eu fraturei o fêmur, fiquei manco, tanto é que tenho uma prótese. 2016 quebrei a clavícula em acidente. E quando você sofre um acidente, você perde no desempenho. Então todos esses anos, consegui chegar em segundo. Tenho quatro vice-campeonatos de brasileiro pelo SBK”, reforça.
No entanto, algo mudou em sua carreira como piloto e fez total diferença nos resultados. Com o aporte financeiro da ELF Lubrificantes, o piloto obteve recursos para atingir o seu potencial máximo e cruzar a linha de chegada pela primeira vez. “Nesses últimos quatro anos, eu tive um apoio de uma empresa sólida que é a ELF Lubrificantes, que inclusive já até patrocinou o SuperBike. Eles viram minha condição de professor de mecânica, que eu tenho bastante experiência no SuperBike e principalmente o fato de que eu formo opinião, a gente começou a criar um relacionamento. Com isso, foi aumentando esse relacionamento, agora eu tenho um aporte financeiro, que me permitiu fazer um investimento melhor ao comprar uma moto. Para falar a verdade, eu venci minha primeira corrida agora, na primeira etapa de 2022. Na mesma categoria e contra os mesmos pilotos da época”, ressalta.
Como grande prata da casa, o piloto também tece elogios à organização do campeonato. “Uma das coisas que mais gosto no SuperBike é a organização de um evento desse porte. Isso faz toda diferença. Já corri em outros campeonatos que até te ofereciam alguns benefícios, mas espaço mesmo, só tinha para os pilotos que vinham de fora. Aqui é muito pelo contrário. O SuperBike sempre me recebeu de braços abertos. Inclusive, tinha a condição da qual eu me encaixava, com pilotos acima de 45 anos de idade, todos os pilotos com tempos aproximado. O fato das condições de pagamento também facilitaram e a segurança dentro de pista também são muito importantes, os briefings passados e todo o trabalho também fazem toda a diferença. Resumindo, a credibilidade e a segurança do evento”, diz Errera.
Ao traçar toda sua jornada no mundo da velocidade, o determinado atleta mostra gratidão ao seu patrocinador. “Sempre fiz tudo com meus próprios recursos, raramente tive alguns apoiadores. Mas em 2017 comecei a receber apoio de uma distribuidora de olho, a marca ELF. E eles forneciam a troca de olho para eu fazer as corridas e já tinha abatimento nas despesas”, diz, antes de concluir. “Hoje tenho o apoio de um único patrocinador, que é a marca ELF Lubrificantes, que é a propriedade da TotalEnergies Brasil. A Total é uma empresa francesa que é a quarta maior empresa de energia do mundo e sou o único piloto na América do Sul a ter o apoio deles. Então sou um privilegiado”.