Filha de motociclistas, Andressa Rosa tem um longo histórico com a motovelocidade. Pode-se dizer que sua paixão por motos foi herdada de sua mãe. Porém, é fácil de se afirmar que ela transmitiu essa mesma paixão a seu filho. Em homenagem ao Dia das Mães, o Portal do SBK conversou com a pilota da Girls Cup, que falou sobre a herança materna sob duas rodas.
“Ele já me vê de moto desde pequeno. Sempre viu também meu pai e minha mãe, que também são motociclistas e tem até motoclube, o Pontal Motors”.
Até hoje, infelizmente, é raro ver mulheres na pista. Principalmente se tratando de motovelocidade. No entanto, no SuperBike Brasil existe uma categoria voltada apenas ao público feminino. E é nela, a Girls Cup, que Andressa Rosa brilha nas pistas pelo maior campeonato de motovelocidade das Américas. E, como uma mãe que passou o DNA motorizado a seu filho, ele a acompanha, mesmo que de longe.
“Sobre a parte de eu competir, as vezes sinto que meu filho fica mais preocupado do que empolgado (risos), principalmente depois que eu tive a queda na segunda etapa. Mas ele sabe o quanto eu estou amando isso tudo, e apesar de ele não conseguir acompanhar sempre por causa da escola, ele manda mensagem enquanto estou nos treinos para perguntar como fui e quando chego em casa também”, explica.
Até por isso, não poderia ser diferente o desejo do jovem em querer se aventurar sob duas rodas. “Ele já me dá há um tempo umas cantadas em querer a dele, mas ele por enquanto se encanta mais para o lado das motocross, acho que porque ele gosta de mountain bike, então curte cenário de trilhas, etc.”, afirma.
De fato, foram muitas experiências com as “mães” dessa família, vivenciadas com uma moto. E Andressa relembra um – entre tantos – episódios envolvendo a maternidade a motor. “Quando ele tinha pouco mais de um ano e eu ainda morava no Paraná, ele ia trabalhar junto comigo no salão – eu e minha mãe somos cabeleireiras. Quando eu estava fazendo um curso de noite e ia para o curso direto do salão, aí para ir embora minha mãe que levava ele para casa, e detalhe, de moto”, conta bem-humorada, antes de concluir com o elo passado de sua mãe a ela.
“Eu brinco dizendo que já era motociclista antes de sair da barriga da minha mãe. Diz ela que eu já quase nasci em cima da moto. Minha mãe, quando estava grávida de mim, começou a sentir as contrações em casa, na época meus pais estavam sem carro e só com uma moto, uma CB2 400, e foi nela que meu pai levou minha mãe para a maternidade para eu nascer”.