Mesmo terminando na segunda colocação, pela nona etapa do campeonato, sediada em Cascavel (PR), Juninho Moreira, da Team Racing22, garantiu o título da categoria Copa Pro Honda CBR 650R. O título veio para coroar um belo desempenho durante toda a temporada, na qual foi o piloto mais constante, chegando a incríveis 169 pontos, até aqui. Em conversa com o Portal do SBK, o mais novo campeão da categoria falou se desde o começo acreditava no resultado que está colhendo agora e qual foi a primeira coisa que passou em sua cabeça após cruzar a linha de chegada.
“Só comecei a ficar mais confiante no final, pois vi que já tinha uma boa distância. Mas no começo não estava tão confiante”.
As pessoas geralmente gostam de histórias sobre os “azarões” que dão a volta por cima e no final vencem. Não à toa, são os tipos de filmes mais produzidos em Hollywood. No entanto, mesmo Juninho não ter acreditado em si mesmo, no início da temporada, hoje é possível dizer que se trata de um piloto fenomenal, constante e experiente. Claro, fácil dizer depois de o resultado final, sendo um engenheiro de obra pronta. Mas o fato é que ele nunca foi um “azarão”, mas isso não impede de ter tido muita torcida a seu favor e de ter gostado de sua trajetória em 2023.
Experiência como aliada
Vale ressaltar que sua experiência e inteligência fizeram a diferença. Isso porque, depois de ter somado pontos importantes, Moreira sabiamente optou por correr visando o caneco, sem por tudo a perder. “Avaliando de fora, depois que passou tudo, acho que são vários fatores (fundamentais para conquistar o título). Primeiro é a constância. O segundo é respeitar o próximo, respeitar o momento da corrida, porque há momentos em que você irá passar por problemas mecânicos, às vezes até financeiro, ou físico. Tem que saber respeitar isso para saber a hora de atacar, de recuar. E, de novo, tentar ser o mais constante possível par anão cair, se machucar e jogar tudo par ao alto. O melhor é se divertir, correr, aproveitar o momento”, pontuou, antes de acrescentar.
“Não esperava ser campeão, só queria correr. Porque, como eu corri há alguns anos, tinha esse gostinho de andar de novo. Então, estava só preocupado em andar e tentar encaixar minha moto e ir o melhor possível. Porém, conforme fui ganhando algumas corridas e avançar na pontuação, comecei a pensar no campeonato. Com isso, acabei ficando mais drenado, mais empolgado com o campeonato e também mais cauteloso na performance. Porque você fica com medo de cair e perder a diferença na pontuação”.
Juninho Moreira em sua cabeça, após a confirmação do título
“Foi um turbilhão de sentimentos. Todos os pilotos sofrem demais, é muita pressão e muita coisa. Ao mesmo tempo em que a gente ama correr de moto, tem a pressão também e algumas outras coisas que tiram um pouco deste gosto, mas que dão mais adrenalina. E felicidade. Agradeci a Deus que não tive nenhum tombo este ano e agradeci pelos aprendizados. Pensei bastante no meu pai, que gostava muito de assistir minhas corridas quando comecei a andar. Pensei na equipe, na família, em tudo. Foi uma grande temporada, fiz bastante amizade na 650cc com os pilotos. Foi bem legal”, concluiu.