Em sua primeira temporada pela categoria PRO, Felipe Gonçalves se mostra muito pés no chão. Apesar de sua legião de fãs ter esperado muito pelo momento em que o piloto da TEXX PSBK competiria pela principal categoria do Maior das Américas, o atual campeão da SuperSport 600cc tem sua estratégia traçada para 2024. Em conversa com o Portal do SBK, ele revelou como está a adaptação com a nova moto em novo grid.
“Nesta primeira etapa, consegui ver que teremos bastante trabalho pela frente em cima da moto. Mas, não é nada impossível chegar lá. Poucos ajustes e poucas voltas com a moto durante o final de semana, eram apenas os primeiros contatos, mas já deu para evoluir bastante”.
O relato de Felipe Gonçalves é a prova de que não é para qualquer um competir entre os melhores pilotos do país. Bicampeão da SuperSport 600, o atleta que trocou o curso de medicina pelas pistas explica que não está fácil a adaptação.
“É bem diferente da 600 para a 1.000cc. A mil tem muito mais acertos. A 600 não tinha acerto de eletrônica, não tinha telemetria de suspensão, de freio, nada disso. Então, estamos sofrendo um pouquinho, pelo fato de não ter referência. Antes tínhamos referência. Meu pai já teve vários pilotos rápidos, a gente já tinha um set up básico e pronto, que funcionava. E agora, nessa nova categoria, estamos tendo que criar o nosso próprio set up. Isso está nos custando um pouco de tempo, estamos quebrando um pouco a cabeça ali. Bastante horas em cima da moto, bastante treino, mas estamos no caminho”, revela.
Até por conta disso, usando sua experiência, Felipinho sabe que não precisa provar nada a ninguém no atual cenário. Com isso, usa a atual temporada como aprendizado. “Nessa segunda etapa, espero evoluir ainda mais. Tanto eu, quanto a moto, creio que ainda falta um ‘gole’. Não estou pensando em disputa, ganhar corrida, pódio, nada. No momento, só estou pensando em evoluir. Mas, ao longo do campeonato, quero estar cada vez mais perto dos ponteiros e aprender com eles”, pontua, antes de concluir.
“Fiquei muito feliz com o resultado desta última etapa. Conseguimos evoluir muito em questão de pilotagem e acerto da moto. Infelizmente tivemos um problema de freio, que pensamos que daria conta e acabou não dando, mas já providenciamos outro e para a próxima etapa, a moto estará cem por cento”.