A organização do SuperBike Brasil informa que, após investigação e análise dos fatos ocorridos na última etapa do Campeonato Paulista, realizada no dia 21 de agosto no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (SP), chegou a um veredito e decidiu, oficialmente, dividir o título estadual da categoria Copa Kawasaki Ninja 600 entre os pilotos Felipe Diniz “Bolinha” (#21), da equipe MotoSchool Racing Team, e Samara Andrade (#74), da Moretti Racing Team.
O resultado da corrida, e por consequência a definição do campeão da temporada 2016, estava em julgamento devido as ações antidesportivas cometidas pelo piloto Luiz Cerciari (#3), de equipe da Cerciari Racing School, que teriam prejudicado Bolinha, que vinha na briga pelo título do campeonato Paulista. Após Cerciari ser punido com a desclassificação, um júri investigou o caso e entendeu que Samara não teve nenhuma influência sobre a atitude do adversário, que inclusive disputava outra categoria.
Por outro lado, a organização do SuperBike Brasil considerou também ser injusto com Bolinha conservar apenas o resultado final da prova, que, devido as ações de Cerciari, recebeu a bandeirada na sétima posição. Por fim, em comum acordo entre Bolinha e Samara, o título Paulista foi divido entre os dois pilotos.
E este caso de compartilhamento tem um precedente que ocorreu aqui mesmo no estado de São Paulo, só que em outra modalidade esportiva. No Campeonato Paulista de futebol do ano de 1973, dois clubes foram proclamados campeões após um erro de arbitragem. A decisão entre Santos e Portuguesa havia ido para os pênaltis após o tempo normal terminar empatado em 0 a 0. Foi quando o árbitro se equivocou na contagem dos penais e encerrou a partida quando o placar marcava 2 a 0 para o Santos, embora a Portuguesa ainda tivesse duas cobranças para realizar. Para corrigir o erro, a Federação Paulista de Futebol optou por compartilhar o título entre os dois times.