Para um amante de motovelocidade não há distância ou fronteiras. Prova disso é Diogo Correa (#49), da TecFil Havoline Racing Team, que encara quase 2 mil quilômetros e viagens de até nove horas para competir no SuperBike Brasil. No último domingo (19), o piloto marcou presença no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, na 5ª etapa da temporada.
Estreante na categoria Escola, Diogo vive em Lucas do Rio Verde, Mato Grosso, e faz um longo trajeto até as etapas do SBK. O esforço, no entanto, é recompensado quando o piloto está nas pistas.
“Para mim está sendo um privilégio competir no SuperBike. Comecei a pegar gosto pela motovelocidade em 2015, quando fiz track days em Curitiba. De lá para cá, sempre tive a vontade de competir. No ano passado, com ajuda de amigos e empresas, levantei fundos para participar de um campeonato em Campo Grande. Sair de uma competição regional para uma nacional mudou praticamente tudo. Gosto muito, estou aprendendo muita coisa”, disse o piloto de 32 anos.
A distância, no entanto, não é o único obstáculo que Diogo Correa precisa superar para se manter nas pistas. Na cidade onde vive, o piloto não conta com opções de autódromos ou circuitos para praticar. A solução, então, é cuidar da preparação física e se dedicar ao máximo nos dias que antecedem a etapa.
“Faço preparação física em academia, funcional e pilates, e cuido da minha alimentação, porque aqui não tem onde treinar. Não tem autódromo, motódromo ou kartódromo. Treino em véspera de corrida”, destacou Diogo, que pretende migrar para a categoria SuperBike Light futuramente.
O próximo desafio de Diogo será no dia 16 de setembro, pela 6ª etapa do SuperBike Brasil, em Goiânia, onde o piloto espera estar entre os mais rápidos da categoria Escola.
“Goiânia, para mim, será uma caixinha de surpresa. Vou usar uma moto nova, porque minha moto quebrou o motor e não vai ficar pronta em tempo viável, então vou pegar minha moto de rua e passar para a pista. Espero fazer bons treinos, me desenvolver e quem sabe pegar um pódio”, finalizou.