A punição aplicada a Matheus Barbosa (#260), da categoria Yamalube R3 Cup, na 5ª etapa do SBK Brasil foi revogada. O piloto finalizou a prova realizada no dia 19 de agosto, em Interlagos, na 1ª colocação e após a corrida foi pego em uma possível irregularidade técnica pela vistoria, tendo seu resultado de prova colocado em xeque.
Uma vez o resultado sub judice, comissários e organização passaram a investigar o caso.
A moto do Matheus Barbosa em momento algum superou os limites de potência regulamentares, desde os primeiros testes de sexta até o último de domingo. Entretanto, no teste de domingo pós corrida, a moto apresentou cerca de 500 rpm a mais de giro além do limitador, o que fez com que os vistoriadores acreditassem em um possível remapeamento.
O resultado do piloto foi colocado sub judice, e uma sequência de protestos, comunicações e recursos foram feitos por ambos os lados – organização e piloto.
Independentemente das mobilizações jurídicas, a organização do SuperBike Brasil, em conjunto com seu corpo técnico e fábricas envolvidas, iniciou um trabalho para confirmar tal irregularidade.
“Levamos tempo, pois foi um trabalho complexo, de pesquisa e coleta de dados” comentou Edson Mendes Cardoso, vistoriador técnico do SBK.
Confirmou-se que algumas motos (mais de 10) ao longo da temporada já tinham apresentado variação de rpm. Entretanto, não se tinha essa informação no domingo da prova. Entre outros motivos, o corpo técnico era novo no momento da ocorrência, e a equipe anterior não observava nenhuma outra informação de torque e cavalos.
Além das informações apuradas referentes a testes passados, os quais comprovavam que muitos pilotos às vezes ultrapassavam o teórico limite de giro da ECU original de forma intermitente, outras analises foram feitas.
A mais conclusiva foi a substituição da ECU dessas motos nesta última etapa em Goiânia, no dia 16 de setembro, quando da ocorrência do excesso de giro. Com surpresa se confirmou que mesmo com a substituição da ECU, e diversas outras partes elétricas, as motos mantinham o excesso de giro.
Os estudos seguirão, mas já foi possível concluir que a variação de giro vem de alteração internas do moto, e não da manipulacao indevida da ECU. Sendo assim, sem que se estoure o limite de potência, essas motos não estão fora do regulamento.
A equipe técnica continuará suas pesquisas e publicará em breve mais informações. Por ora, a punição do piloto Matheus Barbosa foi suspensa por 7 votos a 0 pelo júri de prova.