Rafael Rizzi Rigueiro, 14 anos, é um dos participantes da seletiva realizada no dia 12/04 pelo SuperBike Brasil. Piloto é o primeiro confirmado da temporada 2015 para a competição.
Com experiência no Kart, piloto entra para o time de jovens talentos da Honda Junior Cup, categoria escola inserida no SuperBike Brasil. Em entrevista dada ao SuperBike, Rafael e seu pai, Euclydes, contam um pouco sobre a participação na seletiva e a confirmação da aprovação do piloto.
Meu primeiro contato com a Honda Junior Cup aconteceu em um estande do SuperBike em 2013, durante a “6 horas de Le Mans” em Interlagos, foi quando me inscrevi na categoria. Apesar de ter corrido de Kart nos últimos anos, gosto muito de moto, já pilotei com meu pai no off road, mas eram motos infantis. it domain Usar embreagem e câmbio, como no dia da seletiva, foi uma novidade e uma dificuldade a mais para mim, porque as motos que eu tive contato até então eram automáticas.
Ao participar da palestra pude vivenciar coisas novas, receber orientações e informações com detalhes sobre motociclismo esportivo e o que mais me marcou foi que todos terão igualdade de equipamentos para competir, o que valoriza ainda mais aqueles que pilotarem melhor. A Honda CG Titan 150 nem parece ser a mesma motocicleta de rua, isso me motivou bastante, pois ela tem a aparência de competição e dá muito mais emoção.
Apesar de ter iniciado com a moto aos 5 anos, com minha primeira motinho de trilha presente dos meus pais, entre os 8 ou 9 anos conheci e fui levado ao kartismo por influência de amigos, mas, mesmo gostando muito do automobilismo, meu coração sempre bateu mais acelerado pelas motos. Sou um fã dividido entre Lewis Hamilton, Valentino Rossi e Marc Marques, acho que isso explica muita coisa. Quanto a minha opção de migrar para a motovelocidade, antes de mais nada faltaram oportunidades como esta iniciativa do SuperBike Brasil, categorias para crianças, assim como acontece no automobilismo e também porque sempre gostei de moto.
Pretendo fazer uma temporada tranquila, adquirir experiência e conhecer a moto para que rapidamente possa subir ao pódio, como já fiz muitas vezes em quatro rodas. 2015 será um ano para crescer, aprender e, se possível, ter bons resultados, claro que quero com isso ter a oportunidade de me tornar piloto profissional e seguir carreira na motovelocidade.
Como o Kart não tem câmbio, eu só precisava acelerar e frear, exigindo muito dos braços e do corpo, claro, mas bem diferente de pilotar uma moto. A concentração exigida na moto é maior, além de precisar de muito equilíbrio, maior coordenação entre braços, pernas e do corpo como um todo, para as trocas de marchas e frenagens.
Com uma frase que pode estimular muitos pais a seguir este pensamento, Euclydes, pai de Rafael, disse: “não sou pai incentivador, sou pai apoiador”. Desde pequeno o Rafa sempre foi chegado a motores, carros, motos e teve nosso apoio, meu e de minha esposa. Por essas e outras, a decisão da mudança do Kart para a moto foi do Rafael, nós apenas o apoiamos. Claro que os custos são importantes, mas neste caso não foram necessariamente um fator decisivo.
Fiquei gratamente surpreso quando o Rafa veio me comunicar da ideia de participar da seletiva, então sentamos, conversamos e ambos chegamos a decisão de fazer isso juntos. Respeito a decisão dele, acredito que tenha mesmo que fazer aquilo que se gosta pois isso sempre ajuda na realização dos objetivos, sei que o Rafael vai dar o seu melhor e acredito que rapidamente estará adaptado a tudo e a todos neste novo mundo, agora em cima de uma moto.
Sobre a iniciativa do SuperBike Brasil e os benefícios que meu filho terá com o aprendizado obtido na competição, acredito que o esporte é o maior formador de caráter, além da procura e interesse pelo motociclismo de velocidade serem crescentes e de apoiar a ideia dos organizadores do evento.
A estrutura colocada a disposição dos pilotos durante a seletiva foi impecável, tanto o ambiente, a pista, as pessoas e todo conteúdo apresentado. Nas palestras, tive um esclarecimento preciso das minhas dúvidas e me senti parte de tudo aquilo quando citaram a união entre piloto e família como os itens mais importantes da categoria. Sempre busquei formas de manter um relacionamento de diálogo aberto com meu filho, a amizade e a intimidade além do sentimento de pai e filho.