Grandes nomes da motovelocidade estiveram juntos nesta quinta-feira (11), na MotoStore, em São Paulo, para falar sobre como entrar no mundo das corridas. O bate-papo serviu para tirar as dúvidas do público que se interessa pelo esporte e deseja entrar nas categorias de base.
O primeiro tema que veio à tona foi sobre o custo e suporte técnico para competir. O tricampeão Bruno Corano destacou que é possível fazer tudo por conta própria, mesmo não sendo o caminho mais indicado, às vezes é uma alternativa para diminuir gastos. “Na minha primeira corrida, levei uma cadeira de praia, um isopor e uma CBR 600. Peguei um mecânico da concessionária onde eu era cliente e fomos para a pista. Muita gente na Yamaha R3 Cup ainda faz por conta própria e consegue se virar muito bem. O fundamental para começar a andar de moto é ter o desejo. Para o resto, é possível buscar alternativas.”
O piloto ainda afirmou que considera mais seguro andar nas pistas do que nas ruas da cidade, visto que na corrida existe uma estrutura para os pilotos poderem acelerar com segurança. O SuperBike Brasil oferece classes específicas para iniciantes como as categorias SuperBike e SuperSport Escola, além da Yamaha R3 Cup e a Copa Kawasaki Ninja 300.
Já sobre a performance dentro das pistas, o maior nome da motovelocidade brasileira, Alex Barros reforçou que para ter bons resultados também é necessário ter a cabeça no lugar. “Andar de moto, ao contrario do que acham, é mais frieza do que emoção. Nenhum campeão do mundo ganha com sangue quente. É normal encarar momentos difíceis da corrida e a coragem só é necessária quando você chega nas voltas finais precisando arriscar tudo.”
Vencedor da primeira etapa do SBK 2017, Eric Granado também foi um dos palestrantes da noite e falou sobre a importância de se começar cedo na motovelocidade, em categorias como a Honda Junior Cup. “Quando tinha 8 anos fui para a Espanha pela primeira vez. Classifiquei no mundial com dificuldades e a cada piloto que me passava, estranhava muito porque eles eram muito rápidos. Conforme fui aprendendo, fui vendo que faltava aprender mais na pilotagem. Sou a prova de que, quando começamos, vamos evoluindo aos poucos”.
Desde os mais novos até os mais experientes, a motovelocidade não tem idade e José Luiz Cachorrão é o exemplo disso. O piloto começou a competir já com 38 anos e se diverte a cada disputa. “Entrei nas pistas para sair das ruas. Antes, ia viajar com amigos e apostava com eles quem chegaria mais rápido. Mesmo sem ter passado por categoria de base, faço de tudo para ser competitivo. Essa garra me faz tentar fazer a diferença e acho que muitos de vocês também gostariam de estar ao nosso lado”.
O piloto Léo Tamburro, da Honda CBR 500R, também estava presente para representar a categoria Honda Junior Cup. O time de palestrantes foi completado por Pedro Pierotti, integrante da equipe de marketing da Yamaha e Fernando Del Franco, o Boi, chefe de equipe da Boi Motos. Todos estarão presentes na próxima etapa do SuperBike Brasil, marcada para o dia 28 de maio em Interlagos.