Com motos praticamente originais, a categoria Stock do SuperBike Brasil atrai pilotos pela praticidade e economia. Entretanto, a pouca preparação exige experiência de pilotagem e deixa a competição mais acirrada.
As características da classe permitiram que Oswaldo Jorge, o Duende, #55, da Duende Racing, competisse na temporada. O piloto é veterano nas competições e foi vice-campeão da SuperSport 600cc, em 2015. “Agora tenho mais chances de levar o título porque os equipamentos não contam muito, o que vale mais é a técnica. Na outra categoria, quem tivesse a melhor moto levava vantagem e eu não tinha condições de investir muito.”
A categoria é novidade no campeonato e também é uma opção para os pilotos que desejam gastar menos no esporte. São liberadas a troca apenas de escapamento, carenagem, suspensão (desde que seja da marca Ohlins comprada durante o evento), guidão, pedaleira e amortecedor de direção. Atualmente, nove pilotos competem nas categorias SuperStock e SuperStock 600cc.
Sem grandes diferenças na preparação da moto, o que conta mais é a habilidade dos pilotos. Por isso, as corridas costumam ser acirradas e emocionantes.
Na 2ª etapa da SuperStock 600cc, Duende ficou com o 2º lugar do pódio, atrás de Rafael Rigueiro, #52, da Pitico Race Team. O resultado o animou e ele está se preparando cada vez mais para brigar pelo título da temporada. “A diferença de pontos ainda está grande porque não fiz a primeira prova do ano, mas as corridas são imprevisíveis e se o Rigueiro cometer algum erro grave tenho chances de levar essa. Sou um piloto constante, ando bem e não costumo cair”, afirma Duende.
Os baixos custos também atraíram Ricardo Barlette, #33, da Boi Motos, que está vindo forte na competição. “Este ano estou tentando tirar o máximo de uma moto original. Estou virando 1’47’’ que é um tempo bom para uma moto sem preparo.” Na última prova, ele garantiu a 4ª colocação. Mesmo com o desempenho, o piloto está incerto sobre conseguir o título e aposta na briga pela 2ª colocação.