Em sua primeira temporada completa no SuperBike Brasil, Rodrigo Calmon Dazzi (#146), da equipe Indus Giromoto Ello, acelerou forte e superou limites para se tornar o campeão 2016 da categoria SuperBike Light. Com uma grande campanha, o piloto capixaba obteve quatro vitórias, um segundo e dois terceiros lugares e faturou o título Brasileiro com uma rodada de antecedência. Mas a ampla vantagem na liderança – 55 pontos à frente do segundo colocado – não reduziu as dificuldades enfrentadas ao longo do ano.
“Passamos por muita coisa. Não tinha dinheiro em algumas etapas e alguns amigos me ajudaram. Sofri um acidente voltando de uma corrida, mas, graças a Deus, nada grave. Vendi meu carro para poder terminar o campeonato”, revela Dazzi.
Por muito pouco, o então campeão antecipado não ficou de fora grande final, prova realizada no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (SP). E o motivo não foi o de quebra, como ocorreu uma única vez ao longo da temporada, na etapa de Goiânia (GO). Mas sim, dificuldades para angariar recursos. Porém, Dazzi novamente superou as adversidades. E foi com a ajuda dos amigos e a presença da sua família que obteve o melhor desempenho no ano: a pole position nos treinos e a vitória na última corrida.
“Sem peso, sem responsabilidade e sem a necessidade de vencer, fiz a melhor corrida de todas. Fui o mais rápido nos treinos livres, no classificatório, fiz a pole e venci a corrida. Queria fechar o ano com chave de ouro e consegui. O que fez tudo valer a pena? Foram os resultados! Fui campeão Paulista e Brasileiro correndo no SuperBike Brasil, e campeão Mineiro no GP Gerais!”, ressalta.
E para 2017, Rodrigo Dazzi não descarta nenhuma possibilidade, inclusive se irá defender o título na SuperBike Light ou se vai avançar de categoria e disputar a Pro. Segundo ele, tudo irá depender das parcerias que foram fechadas.
“Primeiro passo é conseguir o recurso necessário para correr, depois decidir em qual categoria. O regulamento me permite correr mais um ano na Light, e nosso bom desempenho nos permite ir para a Pro. Vou deixar que o patrocinador faça essa escolha. De minha vontade, permaneço na Light, mesmo sabendo que a evolução na Pro seria maior. Mas os custos também são mais altos e dependem de uma moto mais bem preparada”, completa.
Confira abaixo a classificação final da categoria SuperBike Light na temporada 2016:
1º – Rodrigo Calmon Dazzi (#146), da Indus Giromoto Ello – 176 pontos
2º – Guto Figueiredo (#18), da KT5/A2/Passaredo – 121 pontos
3º – Cleberson Maicher “Alemão” (#17), da Black Day Racing Team – 97 pontos
4º – Marcos Migliorelli (#11), da Everson Racing – 96 pontos
5º – Felipe Comerlatto (#186), da Pro Racing Team – 91 pontos
6º – Fábio Martins (#12), da Albatroz System – 57 pontos
7º – Jean Vieira (#110), da Terror Racing– 56 pontos
8º – Dimitris Katsouropoulou (#131), da Tecfil Racing Team – 52 pontos
9º – Alexandre M. Fernandes (#111), da Pitico Race Team – 47 pontos
10º – Edson Luiz (#99), da Pitico Race Team – 37 pontos