Piloto da JC Racing Team vem demonstrando cada vez mais evolução nas pistas e ressalta ajuda de equipe e colegas
Evolução é o ato ou efeito de evoluir. Para alguns ela demora mais para acontecer. Para outros, ela acaba nem aparecendo. Ou, como no caso de Felipe Pan, ela aparece muito cedo. Com menos de um ano competindo no maior campeonato de motovelocidade das Américas, o piloto da JC Racing Team, que declaradamente diz estar realizando um sonho, já demonstrou tremenda ascensão nas pistas e visa galgar entre as categorias.
“Sempre foi um sonho para mim, estou realizando sonho de criança, era algo que sempre quis”, afirma Felipe Pan.
Tudo começou para o número 54 quando recebeu um convite, no início de 2021. “Conheci o SuperBike, vias de fato, ano passado, através do piloto Danilo Brum, na época ele corria na JC Racing, equipe na qual eu corro hoje. Já acompanhava o SuperBike de alguns anos, acompanhando a temporada da maneira que dava. Mas meu contato de fato foi no início do ano passado, então eu tinha uma BMW S 1000 RR e não andava mais a tempos”, explica Felipe, antes de completar. “O Danilo era piloto da JC e me convidou para ir para Interlagos no começo do ano, foi em abril, por aí, uma quinta-feira, para fazer o MotoSchool. Então fiz o Track Day, fiz o curso da quinta e no sábado, com a Paschoalin. Esse foi o meu primeiro contato com o SuperBike”.
E quando o assunto é sua notória evolução, o piloto não poupa elogios a sua equipe e colegar e explica que o trabalho não é individual. “Quanto à evolução nessas últimas etapas, a gente fez a temporada passada como um teste, como um treino para fazer o que a gente chama de “pegar horas de voo da moto, horas de banco”, então foi mais ou menos isso. A evolução já começou a vir. A gente julga, não só eu, como o chefe da minha equipe, e o Léo Tamburro, que é meu coaching na pista, e faz um complemento técnico, a gente enxerga e sente uma evolução precoce muito boa. Eu até digo que é acima do esperado”, reforça.
Mantendo a linha do trabalho em conjunto, Pan detalha todos os fatores que vem proporcionando sua melhora sob duas rodas. “Acredito que é o trabalho que minha que está fazendo, com o Tomate comandando o trabalho, complementando com Leo, que é meu coach, então todas as etapas ele está full time disposto à discussão comigo. A gente trabalhando traçado, linha de frenagem, posicionamento e tudo da pista. Fora isso, também não posso deixar de agradecer às demais pessoas que estão me ajudando e me ajudaram, como o Marcelo Souza, Alex Godoy os meninos que correm na minha categoria. Esse ano todo mundo estava me apoiando. Alex Souza, Vanderlei Pinho, Alex Barbosa, Pacheco. São pessoas que tenho muito mais contato, que tiveram a disposição em me ajudar, então eu acho que essa evolução no curto prazo bem evidente, se apresenta por esses fatores: desde amigos na pista, o trabalho técnico eu faço com meu coach, ao trabalho de qualidade que minha equipe faz comigo e com a minha moto”, esclarece.
Além disso, o cuidado com a parte física também faz parte de sua rotina. “Fora de pista tem todo um trabalho também físico, que a gente tem que desenvolver. Treinamento em academia, parte de cardiorrespiratório, de resistência. Tudo que a gente tem que fazer a lição de casa também”, afirma.
Sobre a categoria que serve como porta de entrada para pilotos que querem competir no maior campeonato de motovelocidade das Américas, Felipe acredita ser uma categoria fundamental. “Foi uma decisão muito assertiva trabalhar com essa categoria, porque realmente é o que a gente fala em todas as etapas, é a oportunidade que muitas pessoas tem que sair das ruas, do Track Day, sair do perigo, para começar andar na pista e também entrar em um mundo mais profissional da motovelocidade. Então acho que foi muito bom essa categoria, como uma categoria de base”, diz sobre a SuperBike Escola.
Por fim, Felipe Pan lembra como tudo começou, mas que houve uma mudança de comportamento. “Começou como um hobby, mas hoje o trabalho já é levado extremamente a sério. A gente vai para a pista focados, concentrados. A gente tem objetivos durante todo o final de semana, durante os treinos, a gente tem objetivos não só de baixar tempo, que é uma coisa que vai aparecer com uma melhoria de posicionamento, de traçado. Então, o trabalho se tornou super sério e o que eu almejo hoje é: ano que vem estar na Light e, daqui mais um ano ou dois, estar na Evo”.