Piloto da AST Racing terminou 2021 como vice-campeão e quer buscar o título esse ano
Uma das principais preocupações do SuperBike Brasil é com a segurança do piloto. Quando se corre em alta velocidade em rodovias, estradas ou qualquer outro lugar que não seja em uma pista que te traga segurança, os riscos à vida são enormes. Dentro de um autódromo, com espaço controlado e com alto investimento voltado para segurança, o risco existe, mas é muito menor. Foi isso que fez o piloto Adilson Mauricio a competir pelo maior campeonato de motovelocidade das Américas.
“Conheci o SuperBike através de um amigo. Nós viemos das rodovias para as pitas. Infelizmente perdemos alguns amigos em rodovias. Por conta disso, simplesmente abandonamos a rodovia e passamos a fazer Track Day. Então, desde 2019 estou só em pista. Com o tempo vim evoluindo e treinando, requer muito tempo e dedicação”, explica.
Adilson não brinca quando se refere ao tempo que foi dedicado à sua evolução. Em 2021, logo em seu ano primeiro ano de campeonato, o piloto da AST Racing surpreendeu nas pistas e conquistou a vice colocação da categoria SuperBike Escola Estreante 1000cc. Inclusive, sua primeira vitória chegou logo em sua segunda corrida. “O ano inteiro peguei pódio e a sensação de subir em um pódio, não há dinheiro que pague. É uma satisfação pessoal, não tem como descrever”, revive.
Morador da cidade de São José do Rio Pardo, interior de São Paulo, o mecânico de 48 anos também relembra um fato curioso, que aconteceu na quarta etapa da temporada passada, em Interlagos. Durante a prova da categoria Escola, começou uma forte chuva no autódromo, o que acabou levando à sua queda, na junção, próxima à subida do café. Faltando três voltas para o final, a prova foi paralisada pela direção de prova e, por ter o melhor tempo, acabou sendo o vencedor da etapa. “Não pude subir no pódio, porque estava na enfermaria”, relembra com bom humor.
Todos os bons resultados não são à toa. Por isso, Adilson explica sua preparação. “Na preparação, fazemos um treino funcional todos os dias para manter corpo e alma inteiros. E os treinos com motos, fazer em Capuava, em Tuiuti e em Interlagos. Sempre que tem treino, estamos lá”, reforça.
No entanto, se engana quem acredita que ele está satisfeito com o resultado. O experiente piloto sonha com o título da temporada e muito mais. “Esse ano vamos iniciar com objetivos maiores, que é ir em busca do campeonato. 2021 foi um ano de experiência, aprendizado e um mundo novo. Porque quem sai de um Track Day para pegar um campeonato de alto nível, sendo o maior evento de motovelocidade das Américas, precisa se adaptar. As expectativas são ‘monstras’. Quero ir para frente, baixar tempo e mudar de categoria. Vou para cima”, conclui.
A primeira temporada do SuperBike Brasil acontece no dia 06 de março, em Interlagos. Com 10 etapas no total, o calendário traz a novidade de uma corrida em Brasília no mês de outubro.