Em notória evolução, o multiatleta Allan Josefh, que já integrou a Seleção Brasileira de Rugby e, atualmente, também pratica boxe, conquistou sua primeira vitória na atual temporada. Com o resultado, o piloto da tradicional Boi Racing se aproximou dos líderes da SuperSport 600 Evo, além de presentear sua família em seu próprio aniversário. Em conversa com o Portal do SBK, o conhecido fisioterapeuta falou sobre seu controle mental para lidar com situações sob pressão e a dedicação de sua equipe em consertar sua moto.
“Foi a minha primeira vitória nesta temporada, o que dá muito ânimo, mas é uma pena que não conseguirei estar presente em duas etapas. Porém, vou lutar nas corridas em que estarei presente”.
Logo no primeiro dia em que se abrem os portões de Interlagos para os pilotos se instalarem e darem suas primeiras voltas na pista, durante os treinos livres, sua moto apresentou problemas no motor. O que parecia ser promessa de uma etapa cheia de percalços, com lutas constantes a cada volta, na verdade se provou ser uma prova do espírito aguerrido de uma equipe unida e determinada a dar as melhores condições a seus pilotos.
Com isso, Allan entrou em pista, durante a quarta etapa, determinado a honrar seus companheiros. “O trabalho impecável que minha equipe Boi Racing fez, foi determinante para minha vitória. Minha moto teve problemas na quinta-feira (13/06), e tivemos que abrir o motor. Minha equipe ficou trabalhando na moto desde quinta-feira, até sábado às 4h50 da manhã. Uma das minhas maiores motivações foi honrar as horas de trabalho deles na minha moto. Além disso, no dia da corrida era meu aniversário, e eu queria dar esse presente para a minha família”, explica.
Na verdade, quando se trata de foco, não é difícil afirmar que poucos pilotos têm o equilíbrio mental de Josefh para se superar. Quando perguntado se o fato de ele ser um atleta de várias modalidades diferentes é um ponto positivo, tanto no aspecto físico, quanto no mental, a resposta é certeira.
“Totalmente! Minha vida é baseada em alta performance. Um dos grandes diferenciais é o meu controle mental. Consigo trabalhar o foco e a resiliência com muita facilidade. Ao longo desses anos, joguei pela Seleção Brasileira de Rugby – só não jogou as Olimpíadas do Rio por conta de uma fratura, que necessitou de três cirurgias – e tenho sete lutas de boxe. Subir na moto é uma outra adrenalina devido à velocidade, mas tenho a habilidade de controlar as alterações que o corpo ‘cria’”, afirmou, antes de concluir com o objetivo deste ano.
“Seguir desfrutando deste esporte, que era um sonho de infância e que no passado me disseram ser impossível de realizar. Quanto às corridas, seguirei mantendo as minhas metas pessoais”