Atual vice-campeão do SuperBike Extreme, Diego Viveiros (#23) tem como meta fazer uma temporada 2020 mais competitiva do que as duas últimas – quando acidentes e lesões atrapalharam sua performance.
Mas, mesmo com os contratempos de 2018 e 2019, Viveiros destaca a evolução na técnica de pilotagem conquistada ao longo dos anos com muito trabalho em treinos de motocross e supermoto, e sem temer os desafios de andar ao lado dos pilotos mais rápidos do Brasil.
“Treino muito, e nos treinos de supermoto eu acabo encontrando às vezes com o Eric (Granado)”, disse.
“Consigo me desenvolver bastante com ele, ele passa bastante técnica para gente, o que ajuda muito na evolução.”
“Comecei no campeonato em uma categoria com uma moto mais fraca – que era completamente Stock (Ninja 600). E a partir daí eu fui subindo a cada vez que ia conseguindo um título para poder andar com os caras mais rápidos.”
“Foi uma escolha minha estar neste grid da SuperBike, já que tínhamos caras como o Eric Granado, o Alex Barros e o no ano passado o Anthony West. Mas, se você quer melhorar, tem que andar com a referência dos caras mais velozes.”
Falando das lesões, ele afirma que o principal para esta temporada é passar o ano sem grandes acidentes.
“Tive problemas com lesões em 2018 e 2019”, seguiu.
“Em 2018, sofri um acidente e tive uma fratura bem feia e acabei ficando de fora de algumas etapas. Isso dificultou muito, mas ainda atrapalha porque tenho ainda algumas dificuldades com o tornozelo, sinto dores.”
“No ano passado, tinha o plano de disputar o título da Extreme, mas antes da terceira etapa eu acabei quebrando o dedão da mão treinando de supermoto. Fiz duas etapas lesionado, não tinha condição de terminar uma corrida no nível para disputar a vitória. Isso me prejudicou muito, então a tentativa neste ano é fazer um ano sem machucar.”
“Infelizmente quando você anda machucado em duas corridas, é natural você perder confiança. Aí, quando você retoma, já ficou um pouco para trás. Então, diria que o foco este ano é fazer o campeonato 100% fisicamente.”
Apesar de tudo, Viveiros lembrou por fim que deseja manter sua principal qualidade como piloto em 2020: a consistência. Ele crê que esta é a receita para chegar longe.
“No meu primeiro ano, fui campeão sem ganhar nenhuma corrida, mas sempre estava no pódio”, lembrou.
“Não adianta vencer uma corrida se depois você abandona em duas. É importante ser sempre constante.”