Estreante na atual temporada pelo Superbike Brasil, pela SuperSport 300cc Escola, Edu Carvalho não poderia ter pedido um ano melhor. O piloto da Skullderia Race Team se sagrou como o grande campeão de sua categoria, após vencer quatro etapas do calendário, se confirmando como o piloto que mais venceu. Além disso, para conquistar o título, ele também teve que ser o atleta mais consistente. Em entrevista ao Portal do SBK, Edu falou sobre seu ano de debute.
Encantado com todos os elementos que envolvem o maior campeonato de motovelocidade das Américas, Carvalho não esconde que a emoção fez parte de todo o processo até o caminho do título. Entretanto, ele não deixou que isso tirasse seu foco e soube aproveitar cada momento. “Por ser minha primeira temporada, fica uma mistura de emoções que fica difícil de ser assertivo. A adrenalina das largadas, o ronco dos motores, sabendo que tem uma galera prestigiando, Uau! Deixa qualquer amante de velocidade louco de emoção. Adorei a organização, o carinho e atenção da equipe de staffs. Imagino a dificuldade de organizar algo dessa proporção, mas no geral curti muito toda a temporada”, afirmou.
Ainda na primeira metade do campeonato, quando já era líder da categoria, Edu falou a este Portal sobre sua lesão do Plexo Braquial. Na ocasião, era nítido que a palavra “superação” ganhasse destaque. Porém, hoje, após ser o mais novo dono da taça, uma nova palavra surge como mantra: orgulho.
“Descrença no primeiro momento (sobre possibilidade de título antes do início da temporada). Nunca imaginei essa possibilidade. Entrei na categoria escola para “reaprender” a pilotar, criar um novo modelo de pilotagem que conversasse com minha atual situação. Subir no pódio, sentir tudo o que senti nessas 9 etapas, me fez mudar o pensamento de descrença para orgulho. Orgulho de um compromisso realizado com carinho e respeito por todos que lá trabalham”, explicou.
A consistência como diferencial para Edu Carvalho
“Sem sombra de dúvida, a consistência foi o meu diferencial. Participei de todas as etapas, me comprometi com o evento independente de resultados. Com isso ganhei pontos importantes para distanciar”, pontuou, antes de concluir o que considerou como a etapa mais difícil até aqui.
“A nona etapa foi difícil, por diversos motivos. Uma pista muito rápida, que eu nunca tinha andado. Pontos de aceleração que me colocaram à prova, uma pista onde muito recente perdemos dois parceiros do esporte e onde tive duas quedas que me ensinaram muito. Acabei não pontuando por conta do estrago da moto, mas sem dúvida tive muito aprendizado”.