Piloto da SPR – Deiton que é o quarto colocado geral da SuperBike PRO revelea que aprendeu a andar de moto quando já tinha 30 anos
Não necessariamente somente um piloto que anda desde criança se destaca no SuperBike Brasil. Talvez o exemplo que melhor comprove essa afirmação seja Julio Fortunato. O piloto da SportPlus Racing andou pela primeira vez em uma moto quando tinha 30 anos. Hoje, exatamente 10 anos depois, ele ostenta a quarta colocação da principal categoria do SBK.
Tudo começou em 2011. E foi realmente o começo. O mais irmão mais velho da dupla de Fortunatos que competem, não sabia nem colocar a primeira marcha. Então, um dia com seus amigos, foi para uma área aberta, em um terreno grande, e teve sua primeira experiência sob duas rodas. Como era de se esperar, gostou e logo tratou de arrumar habilitação e uma moto.
Mas isso não foi o suficiente. No ano seguinte, o administrador de empresas foi assistir a uma corrida de seu irmão, Marcos Fortunato. Mal sabia ele que ali começaria uma história que já vai fazer 9 anos. “Gostei muito do que eu tinha visto, então passei a procurar cursos de pilotagem. Até porque não queria me meter a besta, fazendo algo que não sabia. Acho que devo ter feito pelo menos uns três cursos de pilotagem, em 2012”, explica, incluindo que um desses cursos foi na Motoschool, com ninguém menos que Bruno Corano, idealizador do SuperBike Brasil.
Em 2013 realizou sua primeira corrida, pela antiga categoria SuperSport 600 Amador – que na época era necessário ficar ao menos dois anos até poder competir pela SuperSport 600 PRO. Permaneceu nessa categoria até 2017, para depois buscar evoluir ainda mais, agora na categoria SuperBike PRO. Segundo o próprio piloto, tudo isso pelo prazer de competir que ele carrega consigo.
“Antes de andar de moto, eu já competia com bike. Sempre gostei de bike. Eu competia pela mountain bike downhill – modalidade do mountain bike que consiste em descer, com a maior velocidade possível, um percurso com diversos obstáculos. E o fato de eu sempre gostar de competição, me fez gostar do SuperBike. Gostei das motos, gostei da estrutura e organização. E vi que dava para participar. Que se eu me preparasse, conseguiria competir”, revive.
E conseguiu. Depois de terminar em segundo lugar na etapa de Goiânia, atrás apenas do líder do campeonato, Pedro Sampaio, Julio Fortunato assumiu a quarta colocação geral, com 82 pontos. Visivelmente sua experiência fala alto dentro das pistas e o paulistano de 40 anos explica como vem colhendo resultados tão bons.
“O que eu sempre tento trabalhar é não buscar uma única volta mais rápida, uma volta mágica, por assim dizer. É importante você ser constante. Você não ganha uma corrida em uma volta. Faço nas corridas voltas muito parecidas”, afirma o piloto, que inclusive já fez duas voltas com o tempo exatamente igual na mesma corrida
Além disso, para o piloto que demonstra ser muito constante, outro ponto é fundamental. “Acho que erro pouco. Na corrida, raramente eu saio do trilho, erro ou saio da pista. Esse ano, por exemplo, não sofri nenhum tombo e espero continuar assim”, conta descontraído.
Para concluir, Fortunato abre uma curiosidade que talvez quem está fora de seu ciclo não tenha percebido. “Eu sou um cara que, na maioria das vezes, termina melhor a corrida em uma melhor posição do que largou. Acabo me saindo melhor no domingo do que nos treinos livres e classificatórios. Não gosto de dar moleza no domingo não”.