Segundo a definição do dicionário, sonho é o conjunto de imagens, de pensamentos ou de fantasias que se apresentam à mente durante o sono. Mas e quando eles se realizam? Ricardo Nine é o motoboy que vive acordado a realização de seu sonho: competir no maior campeonato de motovelocidade das Américas. Hoje, competindo na SuperSport 300 Escola, o piloto falou sobre como é viver essa realização.
Ricardo Oliveira de Morais, ou Ricardo “Nine”, conheceu o SuperBike por meio de amigos que comentavam sobre o campeonato. Então, certo dia, resolveu vivenciar a experiência das arquibancadas gratuitas. A experiência, segundo o motoboy, foi inesquecível. Mas mal sabia ele que as experiências só melhorariam. Em 2017, recebeu de um amigo o convite com o acesso aos paddocks e relembra que foi inesquecível ver a estrutura do evento, principalmente dos boxes da Honda. Fora isso, ele também começou a criar a relação dele com os pilotos da época.
“Comecei a tirar fotos com os pilotos e logo já fui vendendo meu peixe, dizendo que morava perto do autódromo e que prestava serviços de motoboy. Até que prestei serviços para alguns, que me ajudaram bastante, como o (Leandro) Pardini e o Anderson Costa”, explica.
“Fiz amizade com o Fabinho da Hornet, que eu já seguia o canal no Youtube, fiz amizade com o Serginho, que também é motoboy”.
Logo em sua primeira etapa, a quarta da atual temporada, realizada em Interlagos, o paulista de Grajaú – região Sul de São Paulo, que, inclusive, por uma ironia do destino, fica próxima do autódromo – terminou na terceira colocação da SuperSport Escola 300cc. Com muita empolgação, o piloto fala como é sair de fã para protagonista do SuperBike Brasil.
“É muito emocionante e gratificante. Até pouco tanta atrás eu era fã, achava impossível estar aqui. Mas graças aos incentivos e apoios, consegui. Hoje sou um dos pilotos. Ter esse reconhecimento, de ser piloto do SuperBike, nas ruas, entre os motoboys que trabalham comigo, meus amigos, é uma coisa muito boa”.