Após se tornar o terceiro piloto a vencer pela Copa Pro Honda CBR 650R, jovem da equipe Tecfil Racing Team fala sobre seu processo de evolução
Mateus Bezerra,
Especial para o SuperBike Brasil
A 7ª etapa do SuperBike Brasil está prestes a começar. E antes mesmo dos primeiros treinos livres acontecerem no mais novo autódromo internacional de Minas Gerais, o Autódromo Potenza, de Juiz de Fora, um jovem piloto de apenas 14 anos chama a atenção pela sua personalidade marcante, dentro e fora das pistas.
Depois de vencer a 6ª etapa em Curitiba, pela Copa Pro Honda CBR 650R, Theo Manna, da equipe Tecfil Racing Team, se tornou apenas o terceiro piloto a vencer na categoria. Por conta disso, o jovem de futuro brilhante acredita estar sob bons trilhos. “Isso é consequência de um preparo muito forte que estou fazendo. É muito bom ser o terceiro piloto a ganhar nessa categoria, porque têm vários pilotos bons. É uma grande realização para mim, mostra que estou indo pelo caminho certo”, afirma Theo.
Na etapa em questão, Manna fez o segundo melhor tempo consolidado nos treinos livres, com 1:28.183. Atrás apenas de Guilherme Brito, com 1:27.801. Porém, na sequência dominou tudo que estava ao seu alcance. Desde o melhor tempo consolidado nos treinos classificatórios, com 1:27.527, passando pela conquista da Super Pole, após baixar ainda mais seu tempo para 1:27.355, até a vitória de ponta a ponta na corrida, cravando o tempo de 14:44.053.
“Foi uma sensação muito diferente das outras etapas, porque eu vi que eu poderia ganhar. Desde os treinos percebi que vinha em um ritmo bom. Com a pole fiquei um pouco mais nervoso do que o normal, mas estava bem rápido, com um bom ritmo, quando percebi que tinha aberto uma certa vantagem, me tranquilizei. Me preparei bastante porque queria ganhar de qualquer jeito essa corrida, por fazer um certo tempo que não ganhava. Eu queria ganhar de qualquer jeito, e consegui”, explica.
Apesar de dar ênfase em sua ânsia pela vitória e de explicar que o resultado foi fruto de muito trabalho, Theo ressalta que nada de mais novo foi acrescido em seu preparo. Inclusive, credita tal resultado a seu processo evolutivo. “Me preparei da mesma forma que já vinha me preparando antes, mas a pista de Curitiba é uma pista que eu gosto muito. Então acredito que isso me facilitou a andar mais rápido. O preparo continuou o mesmo das etapas anteriores, apenas vim evoluindo neste processo”, acrescentou.
Mesmo com pouca idade, o menino apresenta os pré-requisitos de um piloto com muita experiência e engana-se quem acredita que ele está acomodado com o fim do jejum de vitórias. Sua personalidade forte o permite fazer contas na atual etapa para se manter vivo na disputa pelo vice-campeonato.
“Espero vencer novamente, pois vou disputar o vice-campeonato agora, porque o Rigueiro não fez a última corrida. Com isso, estou apenas à sete pontos e preciso ganhar para na última corrida ter uma certa tranquilidade com relação a isso”, conclui.