Na última etapa do Superbike Brasil, sediada em Londrina, a categoria SuperSport 600cc proporcionou grandes emoções. Primeiramente, como de costume, Felipe Gonçalves e Theo Manna realizaram um embate particular como fizeram a temporada inteira. No entanto, outro piloto acompanhou muito bem o ritmo dos líderes do campeonato. Felipe Macan, em sua primeira corrida retornando à categoria, fez uma ótima prova, conquistando um excelente P3. Em entrevista ao Portal do SBK, o representante da Racer X falou sobre sua volta por cima na motovelocidade.
“Foi um ano muito difícil para mim na PRO. Não tive uma moto competitiva em nenhuma etapa e cada etapa era uma moto diferente. Não conseguia me adaptar e andar rápido por conta de a moto não ser tão preparada e isso acabou me atrapalhando muito o ano inteiro. Mesmo assim, sabia que precisava voltar a mostrar meu nome, voltar a aparecer na frente. Então, eu e meu pai decidimos voltar”.
Volta por cima requer boas decisões
Ao mesmo tempo em que se iniciava a atual temporada, Macan iniciava a trajetória na categoria PRO. Mesmo as coisas não terem andado conforme o esperado, não é segredo para ninguém que o jovem é um ótimo piloto. Não à toa, foi uma grande aposta na principal categoria, além de ter sua estreia muito aguardada. Fato que ficou comprovado no confronto da sétima etapa, com seu retorno dando a volta por cima.
“Estava desde o ano passado treinando com a minha moto, com revisão básica, sem mexer no motor nem nada. Sabia que iria sofrer um pouco com equipamento em Londrina, mas o bom é que minha equipe tinha um bom acerto de suspensão, um bom set up. A moto estava muito no chão mesmo e isso acabou me ajudando muito, mas acabava perdendo um pouco em saída de curva e um pouco na reta eu não conseguia acompanhar tanto. Ainda assim, consegui fazer uma corrida muito boa. Inclusive, desde os treinos me mantive entre os dois, três primeiros, liderei treino sempre sendo muito rápido. Na corrida, sabia que seria difícil. Tentei largar bem para conseguir pular na ponta na primeira volta, mas já na segunda volta fui ultrapassado e fiquei mantendo até a última volta muito perto dos primeiros. Além disso, minha moto é stock de motor, então tinha uma certa diferença de cavalos e isso acabou não me deixando ter muito contato com eles na reta. Apesar disso, nas curvas conseguia tirar bastante a diferença”, explica Felipe.
Decisão certeira
Inclusive, Macan, que se diz extremamente grato a todo o empenho da Racer X, esclareceu que estava confiante para retornar a sua antiga categoria. “A 600 foi a categoria que competi ano passado. Não foi um ano muito bom, por assim dizer, sempre andei entre os cinco primeiros, mas tive uma lesão que acabou me prejudicando muito durante o ano. E esse ano, estava treinando de 600 de novo, nos horários vagos, onde usava para me preparar para as etapas de 1000cc. Então, sabia que tinha um bom feeling com a moto, estava bem rápido em cima dela”, afirmou, antes de concluir dizendo como foi a decisão de correr na SuperSport.
“Meu pai acordou de madrugada e disse que a gente precisava voltar a aparecer, voltar a falar meu nome, e para isso precisamos voltar para a 600. Sabíamos que o Felipinho e o Theo estavam muito rápidos, tanto é que eles abriram nas corridas dos demais o ano inteiro, então foi uma decisão difícil. Não tínhamos a certeza de que andaríamos na frente, mas sabia que seria bom e creio que foi muito bom. Disputei com eles a corrida inteira. Voltou minha confiança, minha autoestima em cima da moto. Creio que terminar esse ano me preparando de 600, mas ano que vem o foco é total na 1000cc, voltar para a categoria principal”.